Imagem Diário da Grande Guerra Testemunhos Portugueses
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Apresentação

 

O assassinato do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria em Sarajevo, a 28 de junho de 1914, culmina um período de crescente tensão entre as grandes potências europeias, alimentado por ideologias nacionalistas e militaristas, sendo o acontecimento que faz despoletar a Primeira Guerra Mundial. A Guerra deflagra nos primeiros dias de agosto de 1914, e rapidamente se mundializa, assumindo tal dimensão e brutalidade, que ainda nos nossos dias é designada, em vários países, por A Grande Guerra.

O conflito só virá a terminar com a assinatura do Armistício, em 11 de novembro de 1918, com um saldo avassalador: mais de 8,5 milhões de mortos, 20 milhões de feridos, milhares de prisioneiros e desaparecidos, cidades, campos e recursos destruídos em toda a Europa.

Em Portugal foram mobilizados para a guerra nas frentes europeia e africana mais de 100 000 homens. O saldo do conflito foi de 38 000 baixas: cerca de 8 000 mortos, 16 607 feridos, 13 645 feridos e desaparecidos.

A participação de Portugal no conflito revelar-se-ia uma das opções mais controversas do regime republicano. A necessidade de salvaguardar o património colonial foi uma das razões invocadas para legitimar uma beligerância que, desde a primeira hora, levantou dúvidas e receios. Muito embora os territórios africanos de Portugal tenham sido palco de várias confrontações com a Alemanha logo em 1914, é em 1916 que os dois estados entram formalmente em guerra um com o outro. O apresamento dos navios germânicos em portos nacionais, em março desse ano, a pedido da aliada britânica, ofereceu aos elementos intervencionistas da política portuguesa o pretexto para enviar um corpo expedicionário para a Frente Ocidental. Essa participação era vista como essencial para afirmar o prestígio da República perante os seus aliados tradicionais e assegurar a Portugal uma posição de força na Conferência de Paz.

No ano em que se assinalam os 100 anos da eclosão do conflito, a Biblioteca Nacional de Portugal apresenta o Diário da Grande Guerra: testemunhos portugueses, no qual, através de uma cronologia atualizada mensalmente, até novembro de 2018, poderemos encontrar as notícias da guerra nos jornais diários de há 100 anos, postais e cartazes da época, testemunhos de um conjunto de portugueses que viveram de perto o desenrolar dos acontecimentos ao longo de 1914-1918, enfim, aquela que foi a visão portuguesa de um conflito que determinou uma viragem no mundo. Ao mesmo tempo, a BNP empreende a tarefa de digitalizar e disponibilizar na Biblioteca Nacional Digital toda a documentação da época relacionada com a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial.

A coleção A Grande Guerra inclui livros, imprensa, iconografia, mapas, música impressa e espólios - com principal enfoque nos testemunhos dos portugueses que viveram de perto aqueles momentos da história.

           

 


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